“Ah, não, o Aquaman não!”
Invariavelmente, era isso que me vinha à mente quando, ainda criança, assistia aos desenhos dos “Super Amigos” na tevê e percebia que o herói aquático faria parte do episódio. Com uma personalidade nula, superpoderes tolos (falar com peixes? Sério?) e um visual desinteressante, ele conseguia ser o integrante mais aborrecido da Liga da Justiça, superando até mesmo o macaco azul dos Super Gêmeos. Assim, a ideia de assistir a um longa protagonizado pelo personagem não me parecia tentadora – especialmente considerando que seria interpretado por Jason Momoa, um ator cuja limitação havia parecido evidente em sua performance dolorosa em Conan, o Bárbaro. Por outro lado, depois de me surpreender com a composição de bad boy que conferiu a Aquaman em Liga da Justiça, percebi que havia uma esperança de que seu filme solo se revelasse no mínimo divertido.
Vivido por Josh Stewart, Adam se muda com a esposa Lisa (Novakovic) para o campus que abriga a maior parte da narrativa ao receber uma irresistível oferta e que é a única forma de atrair docentes para um departamento de matemática comandado pelo Dr. Clark (Lindo), um indivíduo que também atua como parapsicólogo, o que não contribui para criar uma boa reputação para a instituição. Não que Adam se importe com isso, já que sua surpresa ao conhecer seu superior indica que não teve sequer a curiosidade de pesquisar seu nome no Google antes de aceitar o emprego.
A Porto Alegre vista em Tinta Bruta é uma cidade de pesadelo. Escura, fria e repleta de silhuetas nas janelas de prédios velhos e feios, ela parece sempre ter alguém observando de algum lugar e disposto a julgar, mas não a ajudar. Por outro lado, a violência pode chegar a qualquer momento e de forma inesperada – seja por preconceito ou por um golpe que se aproveita da carência da vítima.
Em certo momento de As Viúvas, a líder de um pequeno grupo de mulheres que se prepara para executar um roubo audacioso encerra um encontro marcando uma nova reunião para a noite do dia seguinte a fim de acertarem novos detalhes – algo que leva uma de suas companheiras a se manifestar com relação ao horário: “(Às 23h15) é difícil; tenho filhos pequenos”. No entanto, se um filme menor trataria esta passagem como uma piada, o novo trabalho do cineasta Steve McQueen o encara com absoluta seriedade, mostrando-se consciente de que, para aquela mulher, trata-se realmente de um obstáculo significativo.
No dia 22 de julho de 2011, uma bomba foi detonada diante de vários prédios do governo da Noruega, em Oslo. Poucas horas depois, na ilha de Utøya, onde a juventude do Partido do Trabalho estava concentrada em um acampamento de verão, o mesmo responsável pela explosão (um extremista de direita) iniciou um ataque com armas de assalto, matando dezenas de adolescentes em um massacre que durou 72 minutos.
No início dos anos 80, em Leningrado (hoje São Petersburgo), duas bandas de rock se tornaram referências absolutas na cena musical da União Soviética: Zoopark e Kino. Lideradas respectivamente por Mike Naumenko e Viktor Tsoi, os grupos ajudaram a modernizar a cultura do país mesmo sob o peso de um Estado totalitário que encarava cada acorde mais forte como uma ameaça à sua autoridade. E é a história dos dois músicos que Verão conta, retratando a relação entre os dois e o papel que a esposa de Naumenko (Natalia na vida real; Natasha no filme) teria desempenhado nesta.
Os Crimes de Grindelwald tem início quando o perigoso bruxo-título (Depp) está prestes a ser transferido dos Estados Unidos para a Inglaterra: eloquente a ponto de levar o ministério da magia a remover sua língua a fim de impedi-lo de cooptar seus carcereiros, Grindelwald não demora a escapar, partindo rumo à França com a intenção de encontrar o jovem Creedence (Miller), cujos poderes de destruição podem auxiliar sua causa contra os humanos não-mágicos e contra os bruxos que insistem em conviver pacificamente com estes.
Lynne Ramsey subverte o gênero com a ajuda da brilhante performance de Joaquin Phoenix.