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Especial Oscar #1 (Efeitos Visuais) Cinema em Streaming

Os indicados ao Oscar saíram esta semana e começo aqui uma série de postagens especiais sobre o evento, indicando vencedores anteriores das principais categorias e que estão nos streamings do país que, por um motivo ou outro, acho que valem a pena conferir.

Começo com a categoria que sempre tem como indicados os filmes mais vistos pela maioria das pessoas. Aproveito para deixar claro que o ano do prêmio da Academia aqui será sempre o do ano de produção dos filmes, e não da cerimônia em si, de modo que o atual é o Oscar 2021.

 

Os indicados ao Oscar 2021 de Melhores Efeitos Visuais são:

Duna (Dune): HBO Max, aluguel/compra na Apple TV, compra no Google Play e Microsoft (em todos inclusive em 4k)

Free Guy – Assumindo o Controle (Free Guy): Star Plus (inclusive em 4k)

Sem Tempo Para Morrer (No Time to Die): aluguel no NOW, aluguel/compra na Apple TV (inclusive 4k), Google Play (inclusive em 4k) e Microsoft

Shang-Chi e a Lenda dos 10 Anéis (Shang-Chi and the Legend of the Ten Rings): Disney Plus (inclusive em 4k)

Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (Spider-man: No Way Home): ainda não disponível.

O primeiríssimo vencedor do Oscar de Melhor Filme, Asas (1927), também venceu o primeiro prêmio de reconhecimento a efeitos especiais de uma obra, mas na ocasião com o nome de Melhor Engenharia de Efeitos. A Academia não continuou com a categoria e só dez anos depois instituiu um prêmio de Efeitos Especiais, com a intenção de reconhecer filmes tanto pelas conquistas técnicas visuais mas também sonoras, o que de certa forma se justificava com os diversos avanços tecnológicos que o cinema passou em suas primeiras décadas. Apenas nos anos 60 que a categoria seria específica para efeitos visuais, e em muitas ocasiões um filme levaria o prêmio como algo especial pela realização técnica de destaque: entre as cerimônias do Oscar de 1972 a 1976, por exemplo, não houve categoria competitiva, com o prêmio dado diretamente a uma obra – exceto em 1973, quando não houve reconhecimento algum, algo bastante surpreendente pois foi o ano de O Exorcista (segundo o escritor/roteirista William Peter Blatty, tratou-se de uma campanha contra o filme iniciada pelo veterano diretor George Cukor que teria conseguido eliminar a categoria naquele ano).

O ano de 1977 marca um novo momento em Hollywood, com Guerra nas Estrelas levando o prêmio competindo contra Contatos Imediatos do Terceiro Grau, e a “era dos blockbusters” começa a ganhar forma. Um comitê ainda escolheria os destaques de cada ano até 1990 (quando O Vingador do Futuro foi o único aprovado de uma pré-seleção), e no ano seguinte as indicações na categoria seriam finalmente oficiais. Mas só a partir de 2010 que temos o formato atual, com cinco indicados da mesma forma que as demais categorias (exceto Melhor Filme).

Vale notar que a qualidade técnica dos muitos dos vencedores e indicados dos anos 80 e 90 não eram fator suficiente para serem considerados para a categoria principal: apenas Os Caçadores da Arca Perdida (1981), E.T.: O Extraterrestre (1982) e Babe, O Porquinho Atrapalhado (1995) levaram o Oscar de Efeitos Visuais e foram também indicados ao Oscar de Melhor Filme, enquanto Forrest Gump (1994) e Titanic (1997), os únicos a vencerem ambos. E entre todos os demais indicados pelos seus efeitos, em duas décadas, apenas Apollo 13 (1995) chegou à categoria de Melhor Filme. A estatística melhora um pouco no início dos anos 2000 e no final da década, com obras como Gladiador (2000), a trilogia O Senhor dos Anéis (vencendo pelos seus efeitos nos três anos seguidos, de 2001 a 2003), O Curioso Caso de Benjamin Button (2008) e Avatar (2009), mas é a partir de 2010, quando a categoria de Melhor Filme expandiu para até 10 indicados, que começa uma tendência de premiar pelos efeitos visuais filmes tidos como mais “sérios”, quase sempre indicados a várias categorias principais. Mudou a Academia ou mudou a indústria?